terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

ACESSIBILIDADE EDUCACIONAL NO IFSP-BRT


Nas aulas da disciplina de Libras, ministrada pelo professor Thiago Bordignon, os alunos do curso em licenciatura em Ciências Biológicas desenvolveram atividades de pesquisa, confecção e apresentação de materiais didáticos adaptados com foco em alunos Surdos e com deficiências visuais. Os alunos fizeram a apresentação primeiramente para banca composta de professores do IFSP-BRT do curso de Ciências Biológicas, coordenação e direção do campus, após a primeira apresentação, eles expuseram no 4º Encontro de Ensino de Ciências da Natureza (EECN) no campus Barretos.











#PraCegoVer

Descrição: fotos de alunos fazendo exposição dos materiais didáticos adaptados feitos por eles para o público do evento e também para professores, coordenação e direção do campus Barretos.
ACESSIBILIDADE E INCLUSÃO

A Inclusão é um tema já bastante discutido e a Acessibilidade, após a Lei nº 10.098/00 ganhou mais visibilidade, mas ambos os temas ainda são poucos debatidos na grande massa e ocorre, por exemplo, que quando discursos do Governo são feitos, muitas vezes se esquecem de acessibilizar o conteúdo para PcD.
Inclusão é mais evidente na área da Educação, pois há temos tempos leis como a LDBEN que citam as PcD (Lei nº 5.692, de 11 de agosto de 1971) e ao longo dos anos essa citação foi ganhando novos espaços e capítulos inteiros (Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996).
Ultimamente vemos uma grande mobilização em torno da Acessibilidade, como se fosse, apenas, uma estratégia de marketing para favorecer a pessoa ou instituição que oferece determinado produto ou serviço, mas na realidade, pouco vemos em prol das PcD quando da efetivação da Acessibilidade, que promova qualidade de vida.
Mais do que divulgar que há acessibilidade em tal e tal produto/serviço é consultar as PcD se realmente aquele recurso acessível é capaz de suprir suas necessidades fazendo com que a pessoa realmente participe da ação.
A área de Educação deve ser a primeira a se preocupar com a Inclusão e a Acessibilidade deve promover a participação das PcD para que superem seus obstáculos e preconceitos sociais objetivando, sempre, a qualidade de vida.


#PraCegoVer

Descrição: uma cadeira de rodas manual de cor azul no assento e encosto parada em frente a escadaria branca construída encostada a uma parede. No alto da escadaria percebe-se o clarão uma luz.

domingo, 2 de outubro de 2016

...a PcD na minha história de vida...


Tive meu primeiro contato com Pessoas com Deficiência (PcD) ainda na escola, no Ensino Fundamental da escola pública que eu frequentava. Algumas vezes nos intervalos eu tinha contato com as crianças com deficiência, mas sempre muito rápido e apenas conversas.

Mas o que me colocou em contato definitivo com PcD foi em 1994 quando um grupo de Surdos e Intérpretes de Marília (SP) foram convidados a visitar minha cidade, na igreja que eu frequentava e, a parti daí, me envolvi com a comunidade Surda. 

Iniciei um curso de Libras o qual finalizei em 1995 e em 1998 fui estudar Libras em São Paulo. Após esse ano (1998), onde tivesse um curso voltado para a língua de sinais eu tentava participar.

No ano 2001 comecei um trabalho voluntário intérprete de Libras e regência de um coral/grupo de teatro em uma escola para alunos Surdos e Cegos na cidade de Jacarezinho (PR). Neste ano fui indicado por essa escola a prestar uma prova pela FENEIS (PR) para obtenção do documento que me identificasse enquanto intérprete de Libras, no qual fui aprovado. 

Em 2002 iniciei um curso de Técnico em Enfermagem numa instituição pública onde também estava matriculada uma aluna Surda e eu pude ajudá-la, em língua de sinais, a estudar. Em 2004 iniciei minha graduação em Bacharel em Fonoaudiologia. Até a minha formação em 2007, desempenhei a função de Intérprete de Libras em outras instituições públicas como a Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP) no curso de Pedagogia, além de continuar estudando a língua de sinais e outras formas de comunicação, tradução e interpretação.

Em 2008 iniciei o curso de pós-graduação lato-sensu em Educação  Especial no Contexto da Educação Inclusiva e iniciei minha carreira no magistério superior, ministrando aulas no curso de Pedagogia de uma instituição particular. Em 2010 comecei a lecionar, por meio de concurso, na universidade na qual me pós-graduei. Fiquei lá apenas 1 ano quando fui aprovado em outros 2 concursos para a região de Ribeirão Preto (SP). Atuei, então, por 4 anos com Ensino Profissionalizante para PcD, mas continuei exercendo a função docente no Ensino Superior na UFSCar, em São Carlos.

Em 2014 prestei o concurso para o IFSP, campus Barretos, no qual fui aprovado e estou até hoje como docente de Libras nos cursos de Ciências Biológicas, Turismo, Química (a iniciar) e em cursos FIC e Técnicos. Em 2015 me desliguei da unidade que eu trabalhava com o Ensino Profissionalizante em Ribeirão Preto para me dedicar exclusivamente a minha segunda graduação (Pedagogia) e ao IFSP. No ano de 2016 fui nomeado como tradutor-intérprete de Libras e Língua Portuguesa para o IFSP, campus São Carlos, outro concurso que também fui aprovado em 2014. Atualmente acumulo os cargos de docente EBTT e técnico administrativo intérprete de Libras para o IFSP, mas também atuo no campus Piracicaba, como projeto institucional com a disciplina de Libras na licenciatura em Física. Estou coordenador da área de Libras no IFSP.

Então, na minha construção pessoal e profissional as PcD tiveram papel fundamental. Sou muito grato aos amigos que fiz ao longo do caminho e que, perto ou longe, estamos juntos lutando por um bem-comum, a qualidade de vida para as PcDs.